10 dezembro 2009
cartão de visita rosangela reis
o interessante deste job era o desafio de fazer frente e verso apresentando a mesma profissional e produtos diferentes.
01 dezembro 2009
25 outubro 2009
Broadside Vetec
Broadside produzido na LV Design em 2007 para a Vetec Quimica. Design Gráfico: Thiago Costa; fotos: Hugo Breves e arquivo Vetec.
21 outubro 2009
desenhos, sketchs e viagens
18 outubro 2009
01 outubro 2009
uma coisa é uma coisa...
me identifiquei muito com o W.L.D, personagem deste viral para curso de webdesign. como ele, não tenho a menor vocação matemática para números e programação e me sinto muito frustrado com o mercado por isso. se tivesse talento para programação, teria seguido outra carreira. meu talento é imagem, sensação, percepção, gestalt, desenho, cores, formas, adjetivos... ou seja, meu talento é humano. a conquista do público pela imagem e suas representações.
me sinto frustrado ao ver que todo dia mais e mais escritórios de design exigem profissionais capacitados em TUDO: design gráfico+ilustração+programação. é claro que há pessoas com essa capacidade mas pelo que vejo em anúncios de vagas, normalmente o salário oferecido não é proporcional ao conhecimento do candidato e me pergunto: vale a pena?
claro que essa mudança não é de hoje. desde o surgimento da internet, a profissão de designer vem sofrendo sua evolução darwiniana. eu, designer, não pretendo nadar contra a corrente para morrer afogado mas também não vou abrir mão de ser um excelente designer para virar um programador meia-boca. um dia, num futuro não muito distante (para dar um ar de filmes futuristas dos 80's), o papel já não será tão usado e será preciso repensar o papel (sem trocadilho) do design exclusivamente gráfico. ainda assim, o designer deve ter no seu trabalho outro foco que não sejam "zeros" e "uns". o foco do designer é a PESSOA. aquele homo sapiens que está lendo seu folder, sua revista, seu site.
outro dia li essa frase no twitter: "Designers que me desculpem, mas uma aplicação/site sem design ainda é uma aplicação. Uma aplicação/site sem programação não é nada." concordo, mas e daí? um esqueleto sem pele, cabelo, formas, cores etc é apenas um esqueleto. um esqueleto com tudo isso pode ser a gisele büdchen ou o sérgio malandro. vai depender do design. só dele.
28 setembro 2009
"nada se cria, tudo se copia" ou como fazer um portal
durante os anos 90, a propagação dos computadores fez surgir um personagem que seria o "arqui-inimigo" das gerações de designers seguintes: o micreiro. por definição, o micreiro seria aquele jovenzinho que sabia muito de CórelDrau e nada de design mas que fazia sua "logomarca" por precinhos módicos.
com o passar do tempo aprendi a não temer o micreiro, afinal, há espaço para todos nesse mundo capitalista e democrático: se o empresário se dá por satisfeito com uma "logomarca", eu, cliente, não me dou por satisfeito com produtos com péssima apresentação. aquela coisa "compro livro pela capa" mesmo. e aí, aos poucos, vi propagar de baixo para cima, esse clichê que inicia o tópico. fosse pela correria do dia-a-dia, por exigência do cliente, pela falta de instrução dos envolvidos ou pela ignorância total do público o "tudo se copia" ganhou força e virou regra. a internet também contribuiu com a sensação de que tudo que está lá "é de graça e pode pegar".
mas eu penso em como isso afeta o (nosso) design a longo prazo a medida que temos um público cada vez mais ignorante, menos exigente, menos consciente e menos familiarizado com o que é bom: bom conceito, bom design, bom produto.
pois o novo portal do grupo record, o R7, é o exemplo mais recente dessa infâmia. para atrair seu nicho de mercado ele se nivela por baixo copiando sem o menor pudor seu maior concorrente. e copia mal. minha primeira impressão foi: PQP mas é igual ao G1.
grid. grid, que isso?
apesar de ser semlhante ao g1, tive a sensação de que o r7 é bagunçado, tudo parece jogado. então reparei que a grid é confusa. as vezes nem parece que tem.
quantidade de informação
naturalmente a quantidade de informação disposta num portal é muita. é preciso muito jogo de cintura para deixar a navegação leve e atrativa. a solução encontrada por diversos portais é a separação de assuntos e destaques através de boxes e linhas. nesse momento do site o excesso de cores e a falta de separação dos assuntos dá a impressão de que tudo está entulhado.
"nada se cria"
é claro que sou a favor da livre concorrência e contra o monopólio de informações e conteúdo. mas desde que isso seja feito com ética. simplesmente copiar os outros me dá a impressão de que estamos falando daquele vizinho invejoso que compra um carro igual ao seu, usa decoração de natal igual a sua ou dá o mesmo nome do seu fiho ao cachorro.
no twitter buscando por R7, vejo os elogios são pouquíssimos comparados a criticas negativas por lembrar demais o concorrente. gostaria muito que a competição globo x record fosse saudável para todos nós, acrescentando opinião para formar opinião. mas infelizmente não posso ser a favor desse tipo de prática que só diminiu a qualificação profissional do mercado e da avaliação critica do público.
com o passar do tempo aprendi a não temer o micreiro, afinal, há espaço para todos nesse mundo capitalista e democrático: se o empresário se dá por satisfeito com uma "logomarca", eu, cliente, não me dou por satisfeito com produtos com péssima apresentação. aquela coisa "compro livro pela capa" mesmo. e aí, aos poucos, vi propagar de baixo para cima, esse clichê que inicia o tópico. fosse pela correria do dia-a-dia, por exigência do cliente, pela falta de instrução dos envolvidos ou pela ignorância total do público o "tudo se copia" ganhou força e virou regra. a internet também contribuiu com a sensação de que tudo que está lá "é de graça e pode pegar".
mas eu penso em como isso afeta o (nosso) design a longo prazo a medida que temos um público cada vez mais ignorante, menos exigente, menos consciente e menos familiarizado com o que é bom: bom conceito, bom design, bom produto.
pois o novo portal do grupo record, o R7, é o exemplo mais recente dessa infâmia. para atrair seu nicho de mercado ele se nivela por baixo copiando sem o menor pudor seu maior concorrente. e copia mal. minha primeira impressão foi: PQP mas é igual ao G1.
grid. grid, que isso?
apesar de ser semlhante ao g1, tive a sensação de que o r7 é bagunçado, tudo parece jogado. então reparei que a grid é confusa. as vezes nem parece que tem.
com 2, vai pra 3, pra 4 e depois volta pra 3.
quantidade de informação
naturalmente a quantidade de informação disposta num portal é muita. é preciso muito jogo de cintura para deixar a navegação leve e atrativa. a solução encontrada por diversos portais é a separação de assuntos e destaques através de boxes e linhas. nesse momento do site o excesso de cores e a falta de separação dos assuntos dá a impressão de que tudo está entulhado.
"nada se cria"
é claro que sou a favor da livre concorrência e contra o monopólio de informações e conteúdo. mas desde que isso seja feito com ética. simplesmente copiar os outros me dá a impressão de que estamos falando daquele vizinho invejoso que compra um carro igual ao seu, usa decoração de natal igual a sua ou dá o mesmo nome do seu fiho ao cachorro.
no twitter buscando por R7, vejo os elogios são pouquíssimos comparados a criticas negativas por lembrar demais o concorrente. gostaria muito que a competição globo x record fosse saudável para todos nós, acrescentando opinião para formar opinião. mas infelizmente não posso ser a favor desse tipo de prática que só diminiu a qualificação profissional do mercado e da avaliação critica do público.
22 setembro 2009
05 setembro 2009
02 setembro 2009
novidades nas redes
vou surtar com essa de redes sociais. antes disso estou experimentando várias delas. pra piorar no meio das minhas crises de identidade já estou achando o preto do blog caído.. enfim.
este post está sendo gerado no posterous (http://posterous.com). um interessante "publicador" que permite postar em vários blogs e twitter simultanemente. ou seja, esse mesmo post vai para o "eu, designer" (http://eudesigner.blogspot.com/) e a nova cria, o "myfreaktrips" (http://thiagocosta.tumblr.com/). só não vai pro twitter pq tem mais de 140 caracteres rsrs.
então é isso. keep posting.
28 agosto 2009
a lei antifumo ou queimem os hereges
a lei antifumo pegou em são paulo e se espalha pelo país. o rio de janeiro que há muitas décadas perdeu seu estado de vanguarda copia desnecessamente a lei paulistana. digo desnecessária porque aqui já era proibido fumar em ambientes fechados há muito tempo pela lei federal 9294/96, mas como muitas leis cariocas, fez-se vista grossa. agora com toda atenção da mídia, o cerco está fechado.
não tenho nada contra uma lei que se propõe a proteger pulmões "saudáveis" da fumaça dos outros ou os cabelos cheirosos das moças nas boates mas tem momentos dessa história que me incomoda demais. primeiro, mais uma vez a opinião pública fomentada pela mídia apronta suas tochas contra um frankstein.
nenhum anti-tabagista pensa que a fumaça do seu carro faz tanto mal a saúde dos outros há mais de cem anos? conheço poucos que se propuseram a abrir mão do conforto do automóvel para diminuir os efeitos de co2 na já tão agredida atmosfera. sem falar nas confortáveis garrafas pet que entopem boeiros, formam ilhas de plástico e evidentemente trazem enorme problema. mas esse é outro assunto. resumindo, difícil aceitar essa justificativa de que faz mal a "minha" saúde, considerando neste mundo, ninguém está livre de ser "fumante passivo" de outro.
outra: é visível como o ideal de vida saudável está deixando de ser uma filosofia de vida de uma parcela da população para virar uma perseguição nazista. não pode cigarro, não pode gordura, não pode bebida, não pode maconha. pode o que? violência na tv pode. quanto mais sangue melhor. auto-correção: beber também pode. tem até aquela música "beber, cair, levantar" cantada por populares em todo o país fazendo todo mundo esquecer do grande problema que é embriaguez coletiva.
já ouvi e li centenas de argumentos (endossados pelo governo, inclusive) de que fumante causa prejuízo para o sistema de saúde. ora que prejuízo se o fumante paga imposto? paga até mais, considerando os impostos embutidos no malígno produto. todo cidadão tem o mesmo direito de usufruir os bens pelos quais paga não importanto a causa do seu mal. se formos radicais nesse sentido poderia-se propor não atender um suicida, ou os bombeiros ignorarem um chamado quando uma favela pega fogo, afinal, muitos ali não pagam taxa de incêndio. atualmente o bode-espiatório do governo são os fumantes. será que um dia serão os obesos, usando o mesmo argumento? ou os transsexuais? cavou a própria cova, então não tem direito a atendimento público?
estou sendo radical? eu não. a lei está. a fumaça num ambiente fechado incomoda? claro, jamais vou negar, mas por que não encontrar um meio de grupos sociais conviverem pacificamente? porque é mais fácil proibir e mais interessante ganhar dinheiro com a indústria das multas do que gastar com educação ou com atendimento psicológico público para ajudar os que querem parar, visto que o vício (como todo vício) está ligado a outros problemas. por que não incentivar bares e restaurantes, lugares onde habitualmente se fuma, a escolherem se querem ou não aderir a campanha? que se criem bares para fumantes e para não fumantes e quem quiser entrar que o faça. e os empregados, obrigados a respirar o ar "sujo"? prerrogativa da função. já viu gari se queixar por ter q mexer no lixo? eles inclusive ganham adicional por insalubridade. trabalha alí quem quer.
já desabafei. pra encerrar dois pontos: eu quero/tento parar de fumar e certa vez me perguntaram "por que não pára?" porque sai mais barato que terapia, respondi.
e uma piada inteligente num raro momento de lucidez do casseta e planeta: "agora só é permitido ingerir fumaça em são paulo ao respirar".
não tenho nada contra uma lei que se propõe a proteger pulmões "saudáveis" da fumaça dos outros ou os cabelos cheirosos das moças nas boates mas tem momentos dessa história que me incomoda demais. primeiro, mais uma vez a opinião pública fomentada pela mídia apronta suas tochas contra um frankstein.
nenhum anti-tabagista pensa que a fumaça do seu carro faz tanto mal a saúde dos outros há mais de cem anos? conheço poucos que se propuseram a abrir mão do conforto do automóvel para diminuir os efeitos de co2 na já tão agredida atmosfera. sem falar nas confortáveis garrafas pet que entopem boeiros, formam ilhas de plástico e evidentemente trazem enorme problema. mas esse é outro assunto. resumindo, difícil aceitar essa justificativa de que faz mal a "minha" saúde, considerando neste mundo, ninguém está livre de ser "fumante passivo" de outro.
outra: é visível como o ideal de vida saudável está deixando de ser uma filosofia de vida de uma parcela da população para virar uma perseguição nazista. não pode cigarro, não pode gordura, não pode bebida, não pode maconha. pode o que? violência na tv pode. quanto mais sangue melhor. auto-correção: beber também pode. tem até aquela música "beber, cair, levantar" cantada por populares em todo o país fazendo todo mundo esquecer do grande problema que é embriaguez coletiva.
já ouvi e li centenas de argumentos (endossados pelo governo, inclusive) de que fumante causa prejuízo para o sistema de saúde. ora que prejuízo se o fumante paga imposto? paga até mais, considerando os impostos embutidos no malígno produto. todo cidadão tem o mesmo direito de usufruir os bens pelos quais paga não importanto a causa do seu mal. se formos radicais nesse sentido poderia-se propor não atender um suicida, ou os bombeiros ignorarem um chamado quando uma favela pega fogo, afinal, muitos ali não pagam taxa de incêndio. atualmente o bode-espiatório do governo são os fumantes. será que um dia serão os obesos, usando o mesmo argumento? ou os transsexuais? cavou a própria cova, então não tem direito a atendimento público?
estou sendo radical? eu não. a lei está. a fumaça num ambiente fechado incomoda? claro, jamais vou negar, mas por que não encontrar um meio de grupos sociais conviverem pacificamente? porque é mais fácil proibir e mais interessante ganhar dinheiro com a indústria das multas do que gastar com educação ou com atendimento psicológico público para ajudar os que querem parar, visto que o vício (como todo vício) está ligado a outros problemas. por que não incentivar bares e restaurantes, lugares onde habitualmente se fuma, a escolherem se querem ou não aderir a campanha? que se criem bares para fumantes e para não fumantes e quem quiser entrar que o faça. e os empregados, obrigados a respirar o ar "sujo"? prerrogativa da função. já viu gari se queixar por ter q mexer no lixo? eles inclusive ganham adicional por insalubridade. trabalha alí quem quer.
já desabafei. pra encerrar dois pontos: eu quero/tento parar de fumar e certa vez me perguntaram "por que não pára?" porque sai mais barato que terapia, respondi.
e uma piada inteligente num raro momento de lucidez do casseta e planeta: "agora só é permitido ingerir fumaça em são paulo ao respirar".
26 agosto 2009
25 agosto 2009
24 agosto 2009
eu não tenho nome famoso
eu não tenho nome famoso
não tenho currículo com grife
nunca ganhei prêmio internacional
nunca dei um autógrafo
nem vendi um desenho
eu não ligo para marca de carro
não gosto de vinho nem de futebol
nunca publiquei um livro
não gosto de teatro
raramente vou ao cinema
detesto multidão
tenho uma percepção apurada
penso diferente da maioria
não consumo símbolos de status
mas sei criar um
sou crítico demais
questiono o inquestionável
não dou a mínima para marca de roupa
sou viciado em bancas de revista
eu detesto perfurmes
eu não tenho cartão de crédito internacional
nem tirei passaporte
não sei programar para internet
mas sou internauta heavy user
e conheço todos os bugs do corel draw
eu escolho a novela que vou acompanhar
não sou escolhido por ela
já li clássicos da literatura
mas não tenho mais saco para poesia
não gosto do wolverine
sou fã do superman
detesto o termo logomarca
sou fã de alexandre wollner
eu não sei me vender
não sou bom de marketing pessoal
não tenho qi
nem fã famoso
mas em design...
em design sou bom pra
não tenho currículo com grife
nunca ganhei prêmio internacional
nunca dei um autógrafo
nem vendi um desenho
eu não ligo para marca de carro
não gosto de vinho nem de futebol
nunca publiquei um livro
não gosto de teatro
raramente vou ao cinema
detesto multidão
tenho uma percepção apurada
penso diferente da maioria
não consumo símbolos de status
mas sei criar um
sou crítico demais
questiono o inquestionável
não dou a mínima para marca de roupa
sou viciado em bancas de revista
eu detesto perfurmes
eu não tenho cartão de crédito internacional
nem tirei passaporte
não sei programar para internet
mas sou internauta heavy user
e conheço todos os bugs do corel draw
eu escolho a novela que vou acompanhar
não sou escolhido por ela
já li clássicos da literatura
mas não tenho mais saco para poesia
não gosto do wolverine
sou fã do superman
detesto o termo logomarca
sou fã de alexandre wollner
eu não sei me vender
não sou bom de marketing pessoal
não tenho qi
nem fã famoso
mas em design...
em design sou bom pra
22 agosto 2009
a hashtag que virou boato, piada de mau gosto e uma falta de bom senso generalizada
a sexta-feira amanheceu cinza e chuvosa. e dias cinzas tem um quê de tristeza no ar. uma sexta-feira triste, pouco produtiva e cinza.
ao longo do dia vi surgirem tweets estranhos e mais pro fim da tarde uma hashtag que indicava o silêncio, uma coisa solta no ar que ninguém explicava. cheguei a me atrever a perguntar de que se tratava mas nas minhas buscas vi posts no estilo "se não sabe, não se meta" ou ridicularizando quem "estava de fora". me calei, apaquei meus posts sobre o assunto e aguardei o que viria e o que vi foi uma montanha de especulação surgir com a disseminação da tag e a falta de informação se transformar numa série de boatos, piadas e bate-bocas que só desciam ao pior nível do desrespeito. tudo porque quem sabia o que estava acontecendo preferiu se calar o invés de esclarecer deixando para a massa a "difícil" tarefa de tirar suas próprias conclusões, o que obviamente não funciona. aprendi isso na escola de comunicação: a massa não pensa direito.
tornar um assunto de caráter pessoal uma hashtag pública sem o devido esclarecimento permitiu que pessoas bem intencionadas ficassem perdidas e as que gostam de uma avacalhação ganhacem espaço e repercussão com um assunto sério.
o twitter é um "bonde" que literalmente "se pega andando". se você não quer compartilhar algo não publique pois não é possível esperar que as pessoas se contentem com um "não é da sua conta". é da minha conta a partir do momento que está na minha home. é isso ou block. e informação incompleta só aumenta a dor de uma tragédia.
ps. relevem a pontuação caótica. eu penso assim e o meu revisor não estava disponível.
ao longo do dia vi surgirem tweets estranhos e mais pro fim da tarde uma hashtag que indicava o silêncio, uma coisa solta no ar que ninguém explicava. cheguei a me atrever a perguntar de que se tratava mas nas minhas buscas vi posts no estilo "se não sabe, não se meta" ou ridicularizando quem "estava de fora". me calei, apaquei meus posts sobre o assunto e aguardei o que viria e o que vi foi uma montanha de especulação surgir com a disseminação da tag e a falta de informação se transformar numa série de boatos, piadas e bate-bocas que só desciam ao pior nível do desrespeito. tudo porque quem sabia o que estava acontecendo preferiu se calar o invés de esclarecer deixando para a massa a "difícil" tarefa de tirar suas próprias conclusões, o que obviamente não funciona. aprendi isso na escola de comunicação: a massa não pensa direito.
tornar um assunto de caráter pessoal uma hashtag pública sem o devido esclarecimento permitiu que pessoas bem intencionadas ficassem perdidas e as que gostam de uma avacalhação ganhacem espaço e repercussão com um assunto sério.
o twitter é um "bonde" que literalmente "se pega andando". se você não quer compartilhar algo não publique pois não é possível esperar que as pessoas se contentem com um "não é da sua conta". é da minha conta a partir do momento que está na minha home. é isso ou block. e informação incompleta só aumenta a dor de uma tragédia.
ps. relevem a pontuação caótica. eu penso assim e o meu revisor não estava disponível.
19 agosto 2009
criação da capa de dvd de yoga
a primeira proposta para a capa do dvd searching for the spine tinha como objetivo evidenciar a energia que segundo os praticantes de yoga circula no corpo através da coluna passando pelos chakras.
essa proposta no entanto foi recusada e o briefing sofreu significativas mudanças. melhor dizendo, o briefing mudou todo rsrs e passamos a um novo layout q deveria ser mais simples, mostrando apenas o desenho da coluna e em apenas uma cor.
eis que eu, sempre com um dos meus caderninhos a mão (nesse caso, um moleco) tive o insight e rabisquei o que seria o layout:
no dia seguinte, finalmente pus a mão na massa. taí o resultado.
e aí, ficou parecido com o rafe, né?
adoro quando a idéia vem tranquilamente e pousa no caderninho de rabiscos, vulgo sketchbook, e consigo passar para o layout sem tropeços. alguns layouts ficam bacanas jogados no papel mas não funcionam quando passo para o meio digital.
trips in notebooks
lavagem cerebral
não deixa de haver
um prazer em ver
alguém se fodendo
derretimento cerebral
se sobreviver a isso
sobrevivo a qualquer coisa
eu tenho mais algumas horas pra cumprir
logo acaba
pra ele vai demorar muito mais
ouço música
danço e ele pensa que digo sim
não deixa de haver
um prazer em ver
alguém se fodendo
derretimento cerebral
se sobreviver a isso
sobrevivo a qualquer coisa
eu tenho mais algumas horas pra cumprir
logo acaba
pra ele vai demorar muito mais
ouço música
danço e ele pensa que digo sim
facebook x orkut
recentemente, com a visita do criador do facebook, a rede ganhou atenção da grande mídia e no twitter não se falava de outra coisa. muita gente se pergunta se um dia ele irá ultrapassar o orkut e baseando-se em estatisticas há quem aposte que sim. o que até hoje é um grande mistério é porque o orkut se tornou um tremendo sucesso no país. eu tenho uma idéia (sim, com acento) do porquê. algo que eu nunca vi em nenhuma das minhas andanças pela web: a fonética.
o facebook é sem dúvida a maior rede nos estados unidos e tinha que ser. o gringo americano tem a cultura do facebook, o livro que marca o fim da high school com as fotos da turma daquele ano. estão lá a cheerleader, o campeão dos esportes, o nerd cdf etc etc. a meu ver, já existe a cultura do nome dando um enorme reforço ao site. "find me at facebook dot com".
no brasil, o nome orkut é engraçado de falar. e a massa que ri das piadas do casseta e planeta se identificou imediatamente com coisas do tipo "vou entrar no seu orkut", "no orkut dos outros é refresco". a coisa se espalhou e todo mundo tem orkut no brasil. é só conferir as estatísticas de usuários para ver que só no brasil ele se tornou tão popular. isso, popular. o orkut é popular, classe D. o facebook é high school, tv a cabo, in english e com uma interface não tão intuitiva.
pensando assim o facebook não vai passar o orkut no brasil nem tão cedo.
o facebook é sem dúvida a maior rede nos estados unidos e tinha que ser. o gringo americano tem a cultura do facebook, o livro que marca o fim da high school com as fotos da turma daquele ano. estão lá a cheerleader, o campeão dos esportes, o nerd cdf etc etc. a meu ver, já existe a cultura do nome dando um enorme reforço ao site. "find me at facebook dot com".
no brasil, o nome orkut é engraçado de falar. e a massa que ri das piadas do casseta e planeta se identificou imediatamente com coisas do tipo "vou entrar no seu orkut", "no orkut dos outros é refresco". a coisa se espalhou e todo mundo tem orkut no brasil. é só conferir as estatísticas de usuários para ver que só no brasil ele se tornou tão popular. isso, popular. o orkut é popular, classe D. o facebook é high school, tv a cabo, in english e com uma interface não tão intuitiva.
pensando assim o facebook não vai passar o orkut no brasil nem tão cedo.
15 agosto 2009
vida de designer - repost de história antiga
você é designer quando recebe um telefonema de um cliente na sexta feira querendo um trabalho pra terça. você curte o trabalho, acha que vai ser legal, cliente bom, boa repercussão, ótima oportunidade. você topa o trabalho.
adianta alguma coisa no domingo, chega cedo no escritório na segunda feira, se mata pra imprimir tudo... pronto. tudo pronto pro cliente na terça. sucesso total.
na quarta o cliente liga dizendo que não vai fazer mais porque fulaninho-gerente-de-não-sei-o-que resolveu nao fazer mais o trabalho.
esse #FAIL foi publicado durante a primeira vida desde blog, mais precisamente dia 30/10/2002.
adianta alguma coisa no domingo, chega cedo no escritório na segunda feira, se mata pra imprimir tudo... pronto. tudo pronto pro cliente na terça. sucesso total.
na quarta o cliente liga dizendo que não vai fazer mais porque fulaninho-gerente-de-não-sei-o-que resolveu nao fazer mais o trabalho.
esse #FAIL foi publicado durante a primeira vida desde blog, mais precisamente dia 30/10/2002.
12 agosto 2009
layouts neo 1 ano
a festa neo é realizada toda quinta-feira no lounge 69 no rio de janeiro. tive o prazer de criar alguns e-flyers de divulgação, mas o job que mais gostei foram os layouts dessa festa especial de 1 ano. além do e-flyer fizemos label de cd, encarte e convite.
10 agosto 2009
meu pensador
04 agosto 2009
site moleco
conceituação de layout site moleco
quando comecei a conceituar esse site uma coisa eu já sabia: eu queria a navegação com "mãozinha". isso porque, acostumado a ver revistas em pdf, sinto q todo site na verdade deveria ter a opção de navegar clicando e arrastando pois facilita muito a navegação e também, creio eu, torna-a mais humana. depois do primeiro layout outras páginas e exigências surgiram e ele foi finalizado por outro parceiro de equipe, mas mantendo a navegação que foi muito bem aceita.
03 agosto 2009
cartaz pacha fetish 2009
cartaz de divulgação da festa pacha fetish 2009. a identidade da festa era toda horizontal. no entanto, para o cartaz, usar essa identidade deixaria a peça um pouco sem graça. optei por usar esse corte inclinado que deu um movimento e um charme a mais excencial para um cartaz. outra observação: a foto final não foi essa. já que o cartaz foi exposto nas ruas de búzios, foi escolhida uma foto, digamos, apropriada para menores.
29 julho 2009
um conto
Sempre que precisava ir ao centro da cidade, evitava andar pelas ruas principais. Tinha nojo, raiva, medo da confusão, da aglomeração de pessoas cuja única preocupação era a reunião das 14 horas. Preferia andar pelas ruas menores, silenciosas e cheias de histórias. Andava olhando pra cima, para o alto dos prédios do inicio do século 19 com seus bustos e gárgulas contrastando com os mais modernos arranha-céus de vidro que refletiam os raios do sol transformando a luz divina em mais uma força a perturbar aqueles que se buscavam. Os vidros, espelhos gigantes, são uma tentativa frustrada de separarem os de dentro e dos de fora de um jeito mais subjetivo que uma porta. Esta, a porta, definitivamente os separa em dois grupos distintos: os que podem entrar e os que não podem. Os vidros-espelhos faziam mais, pois além de separar os grupos, ainda mostravam aos de fora suas aparencias como que se dissessem “é por serem o que são que não podem entrar aqui”. Os vidros-espelhos são os gargulas do mundo contemporãneo, pois os gárgulas, que tanto admirava, também serviam para espantar aqueles que não fossem bem-vindos, geralmente os maus espíritos, e os vidros, porem, fazem mais, pois não tem qualquer beleza plástica justamente porque refletem o mundo exterior. Esses fazem mal a alma de quem passa.
Enquanto caminhava divando sobre o que nos fazia tão parecidos com o que éramos, chegou ao local que queria: um antigo prédio transformado em centro cultural, onde artistas, intelectuais, crianças e pessoas simplesmente desocupadas tentavam em vão decifrar a o que um artista queria dizer com esta ou aquela pintura, como se fosse essa a única razão de um artista fazer o que faz, querer dizer o não é dito. Um artista tem muitas razões para fazer o que faz. As pessoas porém fazem coisas totalmente sem razão e em momento algum se perguntam porque o fazem. “Que vergonha”, falou sussurrando querendo ao mesmo tempo ser e não ser ouvido. E não foi. Ninguém está ali para ouvi-lo. Alias, ninguém sequer o notou, passou invisivel pelas pessoas do térreo e subiu pelas escadas de mármore seculares gastas por infinitos passos de gerações e gerações de pessoas nem sempre interessadas pela mesma coisa que ele. Um dia, duas centenas de anos no passado, aquelas escadas serviram a reis, principes e banqueiros.
Mais um lance de escadas e chegou ao segundo andar, de onde se via o térreo e acima a visão majestosa da cúpula, coberta pelo azul escuro do céu de outono. Voltou-se para dentro de uma das salas onde passeou pela exposição de desenhos de um artista que admirava pela intensidade das cores e pela maneira que trabalhava o papel. Era um artista famoso e surpreendeu-se ao saber que ele ainda estava vivo, pois na arte muito se fala do trabalho e pouco da pessoa. Os artistas em sua maioria, são reclusos, não dão as caras em revistas ou na televisão, como se em sua época não existisse a mídia. “oh, ele é velho! Oh, ele é negro! Ih, é uma mulher” exclamava quando finalmente via o rosto daqueles nomes sobre os quais se lia tanto em textos de faculdade ou se ouvia em rodas de chopp com os amigos mais chegados. Sua intensão, finalmente é hora de mostra-la, era acabar com isso. Iria de uma só vez mostrar a cara de um artista e sua obra, entrar para a história de corpo e alma e ainda aparecer na televisão e nas revistas fazendo juz ao nome "artista" e aos recursos da querida e odiada mídia. Iria provar que nem gárgulas, nem vidros-espelhos eram capazes de dete-lo quando se tinha uma nobre intensão e ainda faria as felizes pessoas desocupadas encontrarem uma resposta para as suas tais perguntas. Responderia a todos de uma só vez.
De lá de dentro da sala de exposição olhou para a frente, mediu a distância e correu em direção a mureta e saltou, lembrando-se das aulas de arte, dos saltos de trampolim no clube que frequentava com a familia durante a infancia e dos pretenssos artistas contemporâneos que ganhavam matérias superficiais em programas de televisão de entretenimento.
A posição com que seu corpo parou no chão lembrava uma antiga escultura cubista que tinha visto em slides e seu sangue o pintou com um vermelho mais bonito que os dos desenhos que admirava. Agora podiam dizer que ele tinha sua própria instalação num dos mais famosos centros culturais da cidade e podia ter em seu currículo uma performance. Finalmente ele podia entrar para o hall dos famosos artistas contemporâneos.
Enquanto caminhava divando sobre o que nos fazia tão parecidos com o que éramos, chegou ao local que queria: um antigo prédio transformado em centro cultural, onde artistas, intelectuais, crianças e pessoas simplesmente desocupadas tentavam em vão decifrar a o que um artista queria dizer com esta ou aquela pintura, como se fosse essa a única razão de um artista fazer o que faz, querer dizer o não é dito. Um artista tem muitas razões para fazer o que faz. As pessoas porém fazem coisas totalmente sem razão e em momento algum se perguntam porque o fazem. “Que vergonha”, falou sussurrando querendo ao mesmo tempo ser e não ser ouvido. E não foi. Ninguém está ali para ouvi-lo. Alias, ninguém sequer o notou, passou invisivel pelas pessoas do térreo e subiu pelas escadas de mármore seculares gastas por infinitos passos de gerações e gerações de pessoas nem sempre interessadas pela mesma coisa que ele. Um dia, duas centenas de anos no passado, aquelas escadas serviram a reis, principes e banqueiros.
Mais um lance de escadas e chegou ao segundo andar, de onde se via o térreo e acima a visão majestosa da cúpula, coberta pelo azul escuro do céu de outono. Voltou-se para dentro de uma das salas onde passeou pela exposição de desenhos de um artista que admirava pela intensidade das cores e pela maneira que trabalhava o papel. Era um artista famoso e surpreendeu-se ao saber que ele ainda estava vivo, pois na arte muito se fala do trabalho e pouco da pessoa. Os artistas em sua maioria, são reclusos, não dão as caras em revistas ou na televisão, como se em sua época não existisse a mídia. “oh, ele é velho! Oh, ele é negro! Ih, é uma mulher” exclamava quando finalmente via o rosto daqueles nomes sobre os quais se lia tanto em textos de faculdade ou se ouvia em rodas de chopp com os amigos mais chegados. Sua intensão, finalmente é hora de mostra-la, era acabar com isso. Iria de uma só vez mostrar a cara de um artista e sua obra, entrar para a história de corpo e alma e ainda aparecer na televisão e nas revistas fazendo juz ao nome "artista" e aos recursos da querida e odiada mídia. Iria provar que nem gárgulas, nem vidros-espelhos eram capazes de dete-lo quando se tinha uma nobre intensão e ainda faria as felizes pessoas desocupadas encontrarem uma resposta para as suas tais perguntas. Responderia a todos de uma só vez.
De lá de dentro da sala de exposição olhou para a frente, mediu a distância e correu em direção a mureta e saltou, lembrando-se das aulas de arte, dos saltos de trampolim no clube que frequentava com a familia durante a infancia e dos pretenssos artistas contemporâneos que ganhavam matérias superficiais em programas de televisão de entretenimento.
A posição com que seu corpo parou no chão lembrava uma antiga escultura cubista que tinha visto em slides e seu sangue o pintou com um vermelho mais bonito que os dos desenhos que admirava. Agora podiam dizer que ele tinha sua própria instalação num dos mais famosos centros culturais da cidade e podia ter em seu currículo uma performance. Finalmente ele podia entrar para o hall dos famosos artistas contemporâneos.
27 julho 2009
26 julho 2009
cartazes
#respost: um conto
é manhã de domingo. o ar ainda está úmido com cheiro de madrugada e tudo está um pouco gelado. a luz se faz notar discretamente pela mudança das nuances das cores ao redor que vão do preto azulado, passando por tons de azul claro até finalmente as cores que todos conhecem como as verdadeiras. o ar gelado inspira melancolia e as nuvens cinzas pesam sob o céu nos prendendo e tirando o brilho das coisas. tudo fica mais triste quando o que se vê está sem cor. as ruas por onde passa estão desertas e se não fosse pelo incessante canto dos pássaros pensaria que era o último ser vivo da terra. as pessoas sempre lhe perguntam se não tem medo de andar pelas ruas desertas. é claro que não! ele tem medo é das ruas cheias quando o mal é invisível, pois se mistura aos transeundes, enquanto que nas ruas vazias de corpos, mas cheias de almas, há um bem maior que os acompanha e os proteje. na madrugada tudo é paz.
os bairros do subúrbio da sua cidade mantêm um clima bucólico quase início de século XX e nesta época de natal algumas casas estão decoradas com aquelas pequenas lâmpadas típicas destes tempos. de onde está tem uma visão privilegiada, pois caminha pelo meio da estreita rua tendo as casas decoradas margeando-a e lá ao fundo, cobrindo o horizonte, um morro ocupado por uma favela, mas que parece decorado com as mesmas luzinhas natalitas que enfeitam as casas. o morro mais parece uma árvore de natal. mas o que parecem as tais luzinhas são na verdade as luzes dos casebres de um cômodo, com tijolos de um "vermelho morto" a mostra, tornando o morro em que pousam num enorme massa de cores neutras. uma pintura peculiar. cores de uma paleta de tons pastéis de tinta a óleo, insolúvel em água. em instantes as luzes serão apagadas dando lugar ao majestoso e incansável sol de todos os dias que está lá, mesmo num dia como esse.
ao chegar no ponto de ônibus nota o quanto é um lugar movimentado mesmo naquele horário ingrato. muitos do que estão ali vão para seus trabalhos, a labuta que não respeita o domingo de descanso (ou seria o sábado? há muito mais pessoas trabalhando no sábado do que no domingo. qual será afinal?). o padeiro, a doméstica, o jornaleiro, o vigia do clube, um motorista de ônibus, a puta, o bêbado, o maconheiro e ele, o rabequeiro.
o ônibus ia sair. entrou e escolheu o lugar daquele jeito que todos escolhem; uma razão sem razão, simplesmente olhou e escolheu. sem pensar, questionar, sequer notou que tinha feito uma escolha. a mais simples. a mais corriqueira. sentou-se na janela do lado direito e pôs seu instrumento ao seu lado, como se fosse seu companheiro de amores e decepções, de felicidades e fraudes. ficou olhando pela janela sentindo o vento que entrava por uma pequena abertura quando sentiu o corpo adormecer. recostou a cabeça e entregou-se a um sono tão profundo que era como se estivesse em sua própria cama.
ele merecia.
os bairros do subúrbio da sua cidade mantêm um clima bucólico quase início de século XX e nesta época de natal algumas casas estão decoradas com aquelas pequenas lâmpadas típicas destes tempos. de onde está tem uma visão privilegiada, pois caminha pelo meio da estreita rua tendo as casas decoradas margeando-a e lá ao fundo, cobrindo o horizonte, um morro ocupado por uma favela, mas que parece decorado com as mesmas luzinhas natalitas que enfeitam as casas. o morro mais parece uma árvore de natal. mas o que parecem as tais luzinhas são na verdade as luzes dos casebres de um cômodo, com tijolos de um "vermelho morto" a mostra, tornando o morro em que pousam num enorme massa de cores neutras. uma pintura peculiar. cores de uma paleta de tons pastéis de tinta a óleo, insolúvel em água. em instantes as luzes serão apagadas dando lugar ao majestoso e incansável sol de todos os dias que está lá, mesmo num dia como esse.
ao chegar no ponto de ônibus nota o quanto é um lugar movimentado mesmo naquele horário ingrato. muitos do que estão ali vão para seus trabalhos, a labuta que não respeita o domingo de descanso (ou seria o sábado? há muito mais pessoas trabalhando no sábado do que no domingo. qual será afinal?). o padeiro, a doméstica, o jornaleiro, o vigia do clube, um motorista de ônibus, a puta, o bêbado, o maconheiro e ele, o rabequeiro.
o ônibus ia sair. entrou e escolheu o lugar daquele jeito que todos escolhem; uma razão sem razão, simplesmente olhou e escolheu. sem pensar, questionar, sequer notou que tinha feito uma escolha. a mais simples. a mais corriqueira. sentou-se na janela do lado direito e pôs seu instrumento ao seu lado, como se fosse seu companheiro de amores e decepções, de felicidades e fraudes. ficou olhando pela janela sentindo o vento que entrava por uma pequena abertura quando sentiu o corpo adormecer. recostou a cabeça e entregou-se a um sono tão profundo que era como se estivesse em sua própria cama.
ele merecia.
25 julho 2009
24 julho 2009
cartazes. ilustração e design
um tema delicado exige uma arte delicada. um desenho de aquarela e linha. forte mesmo só as cores que também servem para dar constraste destacando o desenho.
o briefing do cliente não exigia nada. apenas q usasse a criatividade. quando se fala em homeopatia imediatamente eu me lembro daqueles remédios em forma de bolinhas brancas que eu simbolizei na figura central. como o assunto falava em perspectiva explorei as formas horizontais no fundo. as duas formas juntas criaram um contraste interessante. aprovado de primeira.
adorei fazer esse layout que foi muito elogiado. mais uma vez um assunto delicado. comecei a criação buscando fotos de fetos e coisas assim, mas são imagens muito, muito fortes. então fui para outra linha: a do pensamento, da liberdade de escolha, da decisão e do peso dela para a vida da mulher. o desenho da mulher e do seu rosto está com poucos detalhes porque já há muita informação a sua volta. os outros elementos do layout é forte: o amarelão chamativo e o fundo de concreto.
para fugir da imagem "alergia=gente espirrando" pesquisei e descobri que ela é provocada pelo excesso de uma substância que tem forma de Y.
repost nova logo pepsi
hoje vou fazer um post diferente, um comentário sobre a nova marca da pepsi, apresentada na última semana e sua repercusão nos blogs, fóruns e twitters web afora. como de costume, a maioria dos comentários foram de rejeição e digo que é de costume porque desde que me entendo por profissional e acompanho diversas listas de discussão vejo críticas vazias, quase amadoras, vindo das centenas de designers que temos por aí.
bradesco, xerox, vale, london2012 – só pra citar as mais famosas – receberam o mesmo tipo de crítica. que eram fracas, estranhas, "não tinham nada a ver", são pobres ou até mesmo fruto de plágio. ora, o que eu percebo é que a culpa não é do designer, mas sim de como o design trava sua batalha constante por atenção num mundo competitivo e precisa se aproximar do seu público a qualquer custo. e se a sua marca prefirida ficou mais pobre, é porque o público dela empobreceu também e exige cada vez menos para ser comprado.
voltando ao assunto principal, a nova marca da pepsi não tem "bolhas", não tem fontes impactantes, não tem luzes, não tem sombras, não tem efeitos do photoshop, não é 3D. mas tem o principal: contemporaneidade.
ela é hype, ela é cool, fica perfeita em movimento e essas são as tendências do design para as próximas décadas. pra entender melhor: quando foi divulgada a marca das olimpíadas de londres muita gente estranhou e desceu o pau. poucos lembraram que trata-se de uma marca para um futuro próximo que pela velocidade das mudanças sociais parece muito distante porque até lá muita coisa pode acontecer.
por outro lado, concordo que a nova marca da pepsi parece mais "fraca" ou mais "pobre" que suas antepassadas. é aí que está o que pra mim é o ponto mais triste de toda essa "tendência para o futuro": o enfraquecimento visual é fruto da nossa própria involução cultural, resultado de públicos de poucos estudos e de um mundo cada vez mais rápido que não nos dá tempo para pensar, analisar ou criticar o tsunami visual ao nosso redor. é cada vez mais comum nos depararmos com redesigns de marca que nos deixam a mesma impressão. vide os casos bradesco, xerox, vale, etc.
no entando, o que me intriga é que elas estão aí. firmes e fortes. o que me faz pensar que atualmente uma logo por si só, pouco diz sobre a empresa. por trás de uma nova marca haverá toda uma estratégia de lavagem cerebral marketing e mídia. e daqui há algum tempo, ninguém mais se lembrará da antiga marca.
pra concluir e não deixar dúvidas. pessoalmente falando: sim, eu acho que a marca poderia ser melhor. profissionalmente, a marca é ótima. é next generation. infelizmente.
bradesco, xerox, vale, london2012 – só pra citar as mais famosas – receberam o mesmo tipo de crítica. que eram fracas, estranhas, "não tinham nada a ver", são pobres ou até mesmo fruto de plágio. ora, o que eu percebo é que a culpa não é do designer, mas sim de como o design trava sua batalha constante por atenção num mundo competitivo e precisa se aproximar do seu público a qualquer custo. e se a sua marca prefirida ficou mais pobre, é porque o público dela empobreceu também e exige cada vez menos para ser comprado.
voltando ao assunto principal, a nova marca da pepsi não tem "bolhas", não tem fontes impactantes, não tem luzes, não tem sombras, não tem efeitos do photoshop, não é 3D. mas tem o principal: contemporaneidade.
ela é hype, ela é cool, fica perfeita em movimento e essas são as tendências do design para as próximas décadas. pra entender melhor: quando foi divulgada a marca das olimpíadas de londres muita gente estranhou e desceu o pau. poucos lembraram que trata-se de uma marca para um futuro próximo que pela velocidade das mudanças sociais parece muito distante porque até lá muita coisa pode acontecer.
por outro lado, concordo que a nova marca da pepsi parece mais "fraca" ou mais "pobre" que suas antepassadas. é aí que está o que pra mim é o ponto mais triste de toda essa "tendência para o futuro": o enfraquecimento visual é fruto da nossa própria involução cultural, resultado de públicos de poucos estudos e de um mundo cada vez mais rápido que não nos dá tempo para pensar, analisar ou criticar o tsunami visual ao nosso redor. é cada vez mais comum nos depararmos com redesigns de marca que nos deixam a mesma impressão. vide os casos bradesco, xerox, vale, etc.
no entando, o que me intriga é que elas estão aí. firmes e fortes. o que me faz pensar que atualmente uma logo por si só, pouco diz sobre a empresa. por trás de uma nova marca haverá toda uma estratégia de lavagem cerebral marketing e mídia. e daqui há algum tempo, ninguém mais se lembrará da antiga marca.
pra concluir e não deixar dúvidas. pessoalmente falando: sim, eu acho que a marca poderia ser melhor. profissionalmente, a marca é ótima. é next generation. infelizmente.
ilustras 1
portfólio senac
22 julho 2009
loading new layout
pronto. fiz uns ajustes no blog. não foi muito, mas já deu uma cara melhor. daqui pra frente vou acertando o formato das imagens pra ficar certinho. t.
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